sábado, 30 de abril de 2011

Eu Não Aguento Mais e Desabafo!

Incrível é a falta de comprometimento do Estado em relação à infraestrutura recifense! Ontem à noite fui uma das vítimas do caos instaurado pelas ruas da cidade. Um mar sujo apareceu pelas ruas de Recife, e muitos inocentes (ou não) foram os prejudicados. Há quanto tempo chove e alaga?! É tão difícil todos nós seres ditos racionais comprometermo-nos com a política pública? E falo isso sem sensacionalismo. As coisas graves, penso, só se resolvem com a revolução que muitas almas gênias pensantes já puseram em prática tempos antes. Perdoe-me quem discorda. Radicalizar a ordem às vezes parece ser a única solução para acordar os pilotos da sociedade (leia-se os políticos). E que gente para cometer  barbeiragem no volante do carro social! O que falta para a politicagem se mexer e trabalhar? Falta idoneidade, honestidade, pensar coletivo, vontade de progresso geral... É aquela velha história enraizada de corrupção que nos aflora, obviamente, né? O interesse privado sempre se sobressaindo quando posto frente à coletividade. O mundo corporativista só se preocupa com seu próprio mundo de marcas, propaganda, consumo e lucro selvagem. Cadê o dinheiro sujo dos ricos empresários investindo junto ao Estado para as melhorias públicas, já que são eles e suas multinacionais os principais agentes da poluição mundial? Aqueles deveriam pagar mais impostos por proporcionalmente terem mais dinheiro, não? Os sensatos não aguentam mais! O mundo não aguenta mais o descaso dos poderosos, dos ricos, do influentes, da mídia idiota. Infelizmente, vejo que o panorama brasileiro não melhorará a curto prazo em se tratando de mudança de paradigma político-moral. Infelizmente continuaremos ilhados, alagados. Pior: continuarão os pobres com mais doenças, com mais casas caindo dos barrancos. Muda mundo errado. Que maldição é essa? Quando é que vamos pensar em prol de todos nós? Que esgoto esse mundo!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Instante Mendigo de Aprendizado

Ontem me marcou
Ele acenou, eu também
Imaginei-me um ninguém
Como ele o é

Barbudo, maltratado
Por mim, por toda a gente
Pelo Estado
Seu estado de acabado
Permanente

Encontrei o pensar após
Por que o completo descaso?
A falta de envolvimento
O sentimento indiferente
De todos nós

No ar gelado artificialmente
Eu estava como muitos
Egoísta, olhando para mim
Estressado pelos carros
Reclamando da vida
Longe de ser mal vivida
Sem perceber a enorme ferida
Na alma daquele homem

Veio depois o refrão
'Look at all the lonely people'
Mera coincidência?
Provavelmente não

O destino deu as caras, penso
Batendo na cara para acordar
Dizer como devo me portar
Com essas pessoas solitárias

domingo, 24 de abril de 2011

As Mil Em Uma

Se é verdadeiro
Devo sentir
Se, por sentir, amo
Amarei
Se por ti me inflamo
Não mais negarei
Que te amo, amor

Já te perdi tanto
De mim
Em tantas manhãs
Tardes, noites
Enfim, já não aguento
Esconder o sentimento
Não é saudável
Só me diminui
Pois sei me dar
Ser amável

O belo é o simples
Que está no pouco
Que pode ser muito
E por pensar assim
Digo, amor
Sinceramente
Que sei que és só uma
Apenas
Mas em ti existem
Mil mulheres serenas
Lindas

Não há mais procura
Então
Sem quebra
Ruptura
Porque são tantas mulheres
Para conhecer
Mulher multicolorida
Mil em uma
Que só tende a prevalecer
O amor

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Soneto Verde

Racha a mente,
faz de ti pessoa assaz
Pensas mil vezes mais
à frente

Eu digo:
há entendimento?
Se sim, amigo,
és do movimento

do saber maduro
Falam  de pensar lento
É mentira, dizer obscuro

Advogo a salvação
na intrínseca apologia
retirando a alienação

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quente

Calor
Que intenção
Intenso eu
Tensão
Tesão
Desejo
Te vejo, pensando
Imagino o ato
Ação pulsando
Fato consumado
Meu corpo amado
Amando
Agradando
Fazendo insano

Fervura
Momento propício
Lençóis cheirosos
Alta temperatura
Falta tua
Alma
Tua carne
Dura
Pra me relaxar
Endoidecer
Amolecer meu corpo
Enfraquecê-lo
De tanto fazer
Carinho com zelo

terça-feira, 5 de abril de 2011

Barco-relação

Não há mal em doar
Doar-se a alguém
Percebi quando pulei
Abandonei o barco
Volto a ele, porém
Eu e você flutuando
Contemplando o amor, oceano
No lindo barco solidificado

Mais belo que um veleiro
Maior que um navio
Além do profundo do mar
Onde o submarino chega
Mais poético que uma canoa
Embarcação maravilhosa

Não mais afundará
Será amigo do mar
O barco será
Mar do amor conivente
Explico-te, amor, a metáfora
Deves até já sentir

Mas sentencio com paixão
Eu, marinheiro
Tu, marinheira
O barco, nossa relação
A imensidão das águas, o amor

Vamo-nos nus então
Afogando-se, asfixiados
Banhar-se de amor
No fundo de seu mar
Amar mutuamente
De corpo e alma me aceite

Deleite-se de prazer
No meu prazer
Na minha meiguice
'Meio homem, meio menino'
Vontade louca de só te ter
Selvagem te apertarei
Sugarei sempre teu amor (ele se renova)
Loucamente e com fervor

Dentro do barco te amarei




A musa que me inspira existe no meu peito. Ela é real. É linda. É minha. É minha linda.