terça-feira, 5 de abril de 2011

Barco-relação

Não há mal em doar
Doar-se a alguém
Percebi quando pulei
Abandonei o barco
Volto a ele, porém
Eu e você flutuando
Contemplando o amor, oceano
No lindo barco solidificado

Mais belo que um veleiro
Maior que um navio
Além do profundo do mar
Onde o submarino chega
Mais poético que uma canoa
Embarcação maravilhosa

Não mais afundará
Será amigo do mar
O barco será
Mar do amor conivente
Explico-te, amor, a metáfora
Deves até já sentir

Mas sentencio com paixão
Eu, marinheiro
Tu, marinheira
O barco, nossa relação
A imensidão das águas, o amor

Vamo-nos nus então
Afogando-se, asfixiados
Banhar-se de amor
No fundo de seu mar
Amar mutuamente
De corpo e alma me aceite

Deleite-se de prazer
No meu prazer
Na minha meiguice
'Meio homem, meio menino'
Vontade louca de só te ter
Selvagem te apertarei
Sugarei sempre teu amor (ele se renova)
Loucamente e com fervor

Dentro do barco te amarei




A musa que me inspira existe no meu peito. Ela é real. É linda. É minha. É minha linda.

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