quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Primeiro Amor Último

Um poema para chamar o amor
a fim de convencê-la
de que, de fato, o que se sente existe

É evidente e se fez esclarecer
Demorou o tempo que achou necessário
Foi egoísta o amor
e muitas vezes se fez de morto

Foi desordenado, um "torto-amor"

De agora em diante gritará e não caberá em si
Encantadoramente exato e verdadeiro,
durará enquanto a alma tiver vida

Descobriu, pois, que ama
- a alma

Os olhos procuraram se certificar do amor
e encontraram-no em ti, como sempre
Deitada na grama estavas,
e eu, mais louco e sereno que de costume
vi tu mulher, cheia de cores vivas,
perpassando tua aura celestial

Constatei que há um nó abstrato,
divino e puro,
amarrando dois sentimentos,
fazendo com que eles se fundam,
formando o verdadeiro amor

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Encontro

Em olinda à beira-mar
minha boca e alma
a desfrutar as suas

Fisgaste meus lábios,
roubaste todo o meu sentir
com tua espontaneidade
encantadora

Não queria que foste
Mas, sabes
que ficaste mesmo indo

No meu paladar, no meu gosto
No palpitar do peito
acelerado
ficaste, mesmo partindo,
linda

Porque cativaste a mim
Fincaste
tudo o que és para a vida
no meu universo,
feliz como uma criança pura

sábado, 27 de agosto de 2011

Blues Moderno

É isso
posto mesmo abaixo
o que se quer dizer:

Por que não
se te abraço, te olho...

Sinto
teu amor estonteante
no prisma à análise

Tendo que deixar de molho
o meu sentimento,
nesse quadro dissonante
que é a vida - pequena
e ao mesmo tempo tangível -,
desespero

É incrível a amplitude do ser,
a infinidade do amor,
que a cada compasso reza
o passo
oposto ao pudor de agir
quando se está apaixonado

É compreensível...

Ao som de "Yer Blues"
olho para a tela white do computador,
como a capa do álbum que revigora
o que tenho a dizer:
"Sozinho, quero morrer"

É, garota,
você sabe o motivo.






domingo, 21 de agosto de 2011

Cru Sábado


Sábado de expectativas
Todas mortas
subitamente
Ficaram tortas
inválidas, inativas

Dei o meu melhor
Supus partilha,
seu amor
Mas me vi preso
na ilha
do abandono

Minha história
triste
mais que a do filme
que me vem à memória
Confusa, indecisa
ilusória
imprecisa

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mar de Espontaneidade

No misto verde-azul
de areia quente,
o corpo sente
som de viola
e viola as barreiras
derradeiras da tristeza

Vozes em canto amigável,
incessantes,
penetram no mundo
São levadas pela maresia
e pela fumaça
- os planos de fundo
Um mundo
de encanto admirável

Daí vêm risos,
coisas sem sentido,
apertos de mão,
sábios diálogos ,
cerveja da boa,
mas nada em vão

Tudo é aproveitado
e mostra-se à vida
importante,
frente ao questionamento
Melhor mesmo é esse momento
de viagem apenas mental

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Música de Paêbirú

Embriagado
com enevoada vista
Vi o artista
entusiasmado
Fiquei
por sua arte
expressionista
e seu batuque
que fazem parte
de mim

Músicas nostálgicas
profundamente
à mente
adentraram
Mágicas, lindas,
que pena que findas
elas se mostraram

Espetáculo onipotente
Triste ser efêmero
Mas é gostoso o gosto
de querê-lo mais
como eu quis
- e quero
Faz-se presente
Da paz
gruda ao que ouve
seu som proveniente

Ouvir 'Avôhai'
no sossêgo
do pátio
parecendo vila
O som se esvai
e vai
de táxi lunar
para toda a lua
residente em cada coração
de espírito beira-mar

sábado, 18 de junho de 2011

Desejando viajando

Amor, paz
fazem você se espertar,
viajar,
seja com quem for
acontecerá

Pelo menos é isso
que desejo no ensejo
deste compromisso
de escrever

Transição

Tenho que ser urgente
na poesia
Estou compromissado
com a realidade chata
e preciso partir

Mas não antes sem falar
o que estou a sentir:
É só imensa magia,
sentindo um som
difente daqueles
comumentemente
escutados

Alterada percepção
transcendental
estranha ao real,
que é um pouco chato
às vezes

Ai, tenho que ir...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Refrescante

A água de coco entra
para refrescar,
assim como,
com ternura,
fazes esquentar
meu espírito,
que se sente
refrescado

Preencherás o oco
do meu ser
necessitado
de outro,
deixando-o insatisfeito,
viciado

Livrarás
de algo crítico,
inapropiado
Que apavora
por ser forte,
inanimado

Não há força
maior que a tua,
ser amado
E o que existe
é o que fica evidente
neste dueto:
um universo particular
compartilhado

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fim de dia namorado

Velas eram três
Incensos havia,
além de um cheiro
verde dissipado
Simbolizando o ambiente,
postos aroma, corpo
e o singelo sentimento estão

Satisfeito, vejo-a
exausta à cama,
que outrora se fez de chamas,
dormir
Na penumbra das velas
para além, o amor
mostrou imensa forma
bela

Natural a luz vai,
e dentro a paz fica
Sonharei amolecido
no ombro do encanto
do corpo
praticante do prazer

Após de, coniventes,
soltarmo-nos
das amarras da censura
do nosso sentir,
grito para a imensidão
que a amo

domingo, 12 de junho de 2011

Um dia na vida 2

Um som baixo vem
na madrugada
do sono
ou já tenha o sonho,
talvez, me possuído
Não lembro nada
muito bem
relativo ao que cá exponho,
tentando, quiçá, - de novo a dúvida -
passar algo bom,
complacente,
sincero
O motivo eu nem lembro
se sei ao certo
Romanceando tudo em volta,
soando zen

Ah!
É sobre o dia
Familiar que foi,
de amigos também
E o amor,
claro,
nele comigo dividia
esta palavra repetida "amor"
Além dela,
diga-se só numa breve
passagem,
amor é
o norte da vida
Sua pura
felicidade terna,
eterna enquanto
permanece em mim

Estas temporárias solidões
são boas
Fazem-me lembrar
das pessoas
que tornam feliz a alma que escreve
Participam
desse viver ao passar
dos dias
E, neste específico,
a harmonia
pairou
Tudo de dentro e
de fora funcionou

Evidenciado, pois,
está o amor
E dá saudade
do vivido,
do não vivido,
e resta idealizar ele
carnal e espiritualmente
usando o corpo

Felicidade de sobra
presente
pelo dia compartilhado
por gente 'fino trato' - quase que rimou
Mas vou
descompassado
Meio torto,
sem nem ter
que precisar de tanta rima,
já que está tudo certo
por linhas
que são tortas,
tudo em cima

Na vontade louca
de viajar, mais
do que estou,
numa torta
de morango
- lara, lara, rica -,
penso que tenho sempre que tentar
colocar para fora
o triste tango
Tocar o samba do amor,
e, quem sabe, ele fica
como hoje se mostrou

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sobre mudar o mundo

É, vou escrever
Cansado, pesado
O corpo todo
Quebrado

Mas não foi por sofrer;
tragando
Colocando dentro do pulmão
o grito do amor
Da paz
Do coração

Enfim,
Suingando
Nas nuves
do chão da minha casa
Indagando tudo
Mudo, mas refletindo
Sobre o mudar
mundo vindo

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Novo Amigo Violão

É espécie de libido
Ter-te, violão
Desejo tratar bem
Ouvindo soares o som do amor
Da paz
Por mim
Estrondoso como o do vulcão

A sensibilidade virá
Falta ainda habilidade
Mas vou te tratar bem
Adiante
Ante minha vontade
Tirarei de ti o que tens
De melhor
Só para serestar
A minha insaciável saudade

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Transforme Seu Amor Em Ações

'Transforme seu amor em ações'

Foi lindo o conselho
Sólido querer dela
Momento terno dialogado
E sei que eterno seremos
Seja verão, inverno
Juntos no viver viveremos

Transformaremos em ação
Tudo que amamos
Eu e você
Porque o amor é tudo
Ele é o vento, o céu
Mares, montanhas verdes
Ou de neve
É chuva fina ou torrencial
Ele é velho e novo
É tudo e de todos
É o que queremos que seja
Afinal


Drogado de amor eu grito
A nossa vida linda
Que é feita por nós
Será mais que apaixonada
Terá você sempre voz
Terei sempre você
Teremos um ao outro
Seguindo a estrada
Sem fim

Minha linda
Morena ou loira
Menina branca
Sincera, franca
Comigo brinda
Pois amo muito você

terça-feira, 3 de maio de 2011

Aviso Antiterrorista

Não é o barbudo
O mal maior não
Terrorista é a nação
Esfomeada por tudo
Que é de todos

Império amaldiçoado
Poluidor do mundo
Financiador de bombas
Invasor profundo
E continuamos suas pombas
Mensageiras de guerra

A civilização erra
Peca por seguir a nau (podre)
A manipulação, jogo sujo
Fujam como disso fujo
Joguem fora o arsenal
Capitalista cego

Joguem fora a antena
Bastante conivente
Antenem-se
Atentem-se para a verdade
Mal maior não é o Laden
Mas o demônio setentrional
Onipresente

E só mais um recado
Que espero que vingue
'Basta adotar a munição do amor'

Salve, Martin Luther King!

sábado, 30 de abril de 2011

Eu Não Aguento Mais e Desabafo!

Incrível é a falta de comprometimento do Estado em relação à infraestrutura recifense! Ontem à noite fui uma das vítimas do caos instaurado pelas ruas da cidade. Um mar sujo apareceu pelas ruas de Recife, e muitos inocentes (ou não) foram os prejudicados. Há quanto tempo chove e alaga?! É tão difícil todos nós seres ditos racionais comprometermo-nos com a política pública? E falo isso sem sensacionalismo. As coisas graves, penso, só se resolvem com a revolução que muitas almas gênias pensantes já puseram em prática tempos antes. Perdoe-me quem discorda. Radicalizar a ordem às vezes parece ser a única solução para acordar os pilotos da sociedade (leia-se os políticos). E que gente para cometer  barbeiragem no volante do carro social! O que falta para a politicagem se mexer e trabalhar? Falta idoneidade, honestidade, pensar coletivo, vontade de progresso geral... É aquela velha história enraizada de corrupção que nos aflora, obviamente, né? O interesse privado sempre se sobressaindo quando posto frente à coletividade. O mundo corporativista só se preocupa com seu próprio mundo de marcas, propaganda, consumo e lucro selvagem. Cadê o dinheiro sujo dos ricos empresários investindo junto ao Estado para as melhorias públicas, já que são eles e suas multinacionais os principais agentes da poluição mundial? Aqueles deveriam pagar mais impostos por proporcionalmente terem mais dinheiro, não? Os sensatos não aguentam mais! O mundo não aguenta mais o descaso dos poderosos, dos ricos, do influentes, da mídia idiota. Infelizmente, vejo que o panorama brasileiro não melhorará a curto prazo em se tratando de mudança de paradigma político-moral. Infelizmente continuaremos ilhados, alagados. Pior: continuarão os pobres com mais doenças, com mais casas caindo dos barrancos. Muda mundo errado. Que maldição é essa? Quando é que vamos pensar em prol de todos nós? Que esgoto esse mundo!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Instante Mendigo de Aprendizado

Ontem me marcou
Ele acenou, eu também
Imaginei-me um ninguém
Como ele o é

Barbudo, maltratado
Por mim, por toda a gente
Pelo Estado
Seu estado de acabado
Permanente

Encontrei o pensar após
Por que o completo descaso?
A falta de envolvimento
O sentimento indiferente
De todos nós

No ar gelado artificialmente
Eu estava como muitos
Egoísta, olhando para mim
Estressado pelos carros
Reclamando da vida
Longe de ser mal vivida
Sem perceber a enorme ferida
Na alma daquele homem

Veio depois o refrão
'Look at all the lonely people'
Mera coincidência?
Provavelmente não

O destino deu as caras, penso
Batendo na cara para acordar
Dizer como devo me portar
Com essas pessoas solitárias

domingo, 24 de abril de 2011

As Mil Em Uma

Se é verdadeiro
Devo sentir
Se, por sentir, amo
Amarei
Se por ti me inflamo
Não mais negarei
Que te amo, amor

Já te perdi tanto
De mim
Em tantas manhãs
Tardes, noites
Enfim, já não aguento
Esconder o sentimento
Não é saudável
Só me diminui
Pois sei me dar
Ser amável

O belo é o simples
Que está no pouco
Que pode ser muito
E por pensar assim
Digo, amor
Sinceramente
Que sei que és só uma
Apenas
Mas em ti existem
Mil mulheres serenas
Lindas

Não há mais procura
Então
Sem quebra
Ruptura
Porque são tantas mulheres
Para conhecer
Mulher multicolorida
Mil em uma
Que só tende a prevalecer
O amor

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Soneto Verde

Racha a mente,
faz de ti pessoa assaz
Pensas mil vezes mais
à frente

Eu digo:
há entendimento?
Se sim, amigo,
és do movimento

do saber maduro
Falam  de pensar lento
É mentira, dizer obscuro

Advogo a salvação
na intrínseca apologia
retirando a alienação

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quente

Calor
Que intenção
Intenso eu
Tensão
Tesão
Desejo
Te vejo, pensando
Imagino o ato
Ação pulsando
Fato consumado
Meu corpo amado
Amando
Agradando
Fazendo insano

Fervura
Momento propício
Lençóis cheirosos
Alta temperatura
Falta tua
Alma
Tua carne
Dura
Pra me relaxar
Endoidecer
Amolecer meu corpo
Enfraquecê-lo
De tanto fazer
Carinho com zelo

terça-feira, 5 de abril de 2011

Barco-relação

Não há mal em doar
Doar-se a alguém
Percebi quando pulei
Abandonei o barco
Volto a ele, porém
Eu e você flutuando
Contemplando o amor, oceano
No lindo barco solidificado

Mais belo que um veleiro
Maior que um navio
Além do profundo do mar
Onde o submarino chega
Mais poético que uma canoa
Embarcação maravilhosa

Não mais afundará
Será amigo do mar
O barco será
Mar do amor conivente
Explico-te, amor, a metáfora
Deves até já sentir

Mas sentencio com paixão
Eu, marinheiro
Tu, marinheira
O barco, nossa relação
A imensidão das águas, o amor

Vamo-nos nus então
Afogando-se, asfixiados
Banhar-se de amor
No fundo de seu mar
Amar mutuamente
De corpo e alma me aceite

Deleite-se de prazer
No meu prazer
Na minha meiguice
'Meio homem, meio menino'
Vontade louca de só te ter
Selvagem te apertarei
Sugarei sempre teu amor (ele se renova)
Loucamente e com fervor

Dentro do barco te amarei




A musa que me inspira existe no meu peito. Ela é real. É linda. É minha. É minha linda.

terça-feira, 29 de março de 2011


Pessoas ao redor
E só
Frustrado
Cheio de vazio
Com boa intenção

Mas só
Calmaria de dar dó
Amargurado
E só
Cheio de paixão
Mas ninguém para cuidar

Só não quero "só"
Cansado
Correndo sozinho
Dando voltas
E só a sós comigo mesmo

Só peço carinho
E só
Simplesmente
Apaixonado
Mas solitário
Isolado, descontente

Só imagino
Agora só
Penso
No futuro
Mais à frente
Se viverei só
No escuro

quinta-feira, 24 de março de 2011

Vocativos (Jujuba)

Graça, dupla minha, parceira
Fofinha, gostosa, menina
Desejo-te e te quero - me nina
Vem, me ama, me acaricia
Vem logo e fortemente vicia

Vicia a mim, heroína
Diferes da droga completamente
Chega a minha alma
Podes sim me viciar
A solidão arruína, heroína

Espero por aqui, Jujuba
Preciso de ti
Da tua beleza
Traz doce à boca que necessita
Vem, meu doce
Minh'alma está oca

Preencha-a com beleza, linda
Esquece aquele
Com ele finda
Comece algo lindo comigo
Façamos um romance
Saiba que sou amador

Eterno amador do amor
Sinto falta de paixão
Sinto bastante dor
Personifique-se de amor
Ponha-o dentro do coração

Vem rápido, forte, fervendo
Queridinha do meu peito
Meu amor se encaixa em ti
Junto a ti ele é perfeito

Vem e refaz a esperança
Vem, amansa, amansa-me
Faz-me outro ser, refeito
Feito unicamente de amor

Vem, vem, vem, Jujuba

terça-feira, 22 de março de 2011

Pós-conceito

Todo o mundo
No fundo
Tem algo a oferecer
Até o mais imundo
Todo ser é profundo
Não importa quem seja
Respeite cada ser

Mendigo, preto
Gay, lésbica
Hétero, bêbado
Chapado, cheirado
Aidético, maléfico
De ácido dopado
Flanelinha, empregada
Cheira-cola
Os que pedem esmola
Policiais, usuários
Os do reggae, metal
E por aí vai...
Cada qual com suas razões
Não faz mal
Não importa quem
Respeite cada ser

Seja simplesmente você
Não se importe
Não aceite a imposição
Porte-se verdadeiro
Companheiro maduro
Sem julgamento obscuro
Respeite cada ser

Lamento o que me fere
Mas não condeno
Viver sereno é o lema
Porque o bom é bom conceito
Não preconceituar quem difere
Sei que tal ser diverge
Mas não ao preconceito
Respeite cada ser

Ame qualquer sujeito
Sinta o seu conceito
O mundo é perfeito
Sendo imperfeito
Vou desse jeito
Nessa toada direito
Tentando me livrar do mal
Da estupidez do preconceito
Respeite cada ser

domingo, 20 de março de 2011

Dá Um Gole e Declama

Senta e proclama
Põe pra fora a chama
Extrai de dentro, ama
Dá um gole e declama

Lá vai então...

Tento escrever
Sair da lama
Do Mangue do sentir
Poluído por sofrer
Não mangue do sentir

A lama derrama
Transcende
Sai de dentro
O sofrer entra nos versos
Diversos
Decerto sairei disso
Batendo no beat certo
Beatles
O coração mutante se libertará
Rejuvenescerá
Sairei da lama poluída
Do mangue do peito

Com ciência aprendendo
Eficiência, eficiente
Mudando
Vivendo
Mutação é boa ação
Amadurecendo no viver
Melhorando por viver
Pagando para ver
Consciente a mente
Conscientemente mudarei
Hei de melhorar, estou ciente

Bebo um pouco
Escrevo
Sinto muito, amor
Sinto muito amor
Bebo e me inflamo
De amor, com amor
Dou um gole e declamo

quinta-feira, 17 de março de 2011

Danar-se

Sofro, choro, penso
A isso tudo estou propenso
Compenso desejando-te ter
Tentando te ter, tentando-te
Tento louco reter-te
Quero ver-te, ser teu ser

Morrer de alegria contigo
Produzir amor todo dia
Fabricar paixão no peito
Pois a cada dia vindo espero
Espero te ter, reter-te
A cada amanhecer mais desespero

Muda o pensar, velha amante
Vivo desconfigurado por dentro
Vivo vazio, desfeito
Falta a magia, amiga amada
De sobra há nostalgia
Há o sofrer, horror, temor

Não quero mais tamanha dor
Só penso no que dá no peito
Quero o que renova, inova
Penso na paixão antiga
Que pode renovar-se, ser nova

Ontem disse sentir a ti
Fui sincero, aberto
Sentiste que não menti
Quero agora o certo, antigo amor
Antigo novo amor de ontem e hoje e sempre

Penso que está tarde
Mas não dá pra desistir
Não dá pra resistir
Não dá pra resistir a teu amor
Penso que devo persistir, insistir

Posso mostrar-te a arte do amor
Mostrar que tudo converge
Tudo converge a ti
Tudo fortemente arde
Meu corpo arde, sente e quer
Arda, sinta e queira, mulher
Seja da vida minha minha mulher

Sana a mim, sana-me
Completa-me, completa a mim
Quero me danar contigo
Quero tragar contigo o mundo
Beber do amor profundo

Danar-me, dana-me, dá-me, Dana
Contigo danar-se, Dana, dá-me
Dá-me amor, dane-se os que julgam
Dane-se o que vão pensar
Amemo-nos, danemo-nos, Dana

quarta-feira, 16 de março de 2011

Quero a Jovial, Linda, Meiga, Brava menina

Transcendamos
Vivamos, busquemos
Busquemos amor
Vamos juntos, amor
Menina alvinha
Fica aqui, releva tudo
Juntos tentemos
Pois temos amor, muito
Livremo-nos do infortuito
Da tragédia posta
Vem e de mim gosta
Suplico, imploro
Esquece tudo, peço
Dá-me resposta


Sou o réu de nós dois
O ônus é só meu
Quero, porém, falar
Não deixar para depois
Quero te ver, ir aí
Quero, amor, amar
Amar como nunca
Amar perdidamente
Amar e ser feliz
Viver a vida leve
Louco, apaixonado
Como nunca antes quis

sexta-feira, 11 de março de 2011

O Dia-a-Dia do Sentimento Meu

 Na casa da avó pra ver a família
 Almoçar, rir e logo após sair
 Ver a mulata com intenção terceira
 Degustá-la, tudo forte sentir

 Depois de deixar a morena
 Malandro, vou atrás de outra dama
 Que nem é mulata, de nome Ana
 Desfrutar-me-ei com a branca (sacana)

 Chamam-me atirado, assanhado
 Sou é amante do sabor da mulher
 Insaciável, saboreio quantas puder
 Desculpe a verdade do que é dito

 É duro dizer aos sem respeito
 Que em mim existe infiel paixão
 Vão de encontro ao meu conceito
 Há nesses mais neve que sangue
 Mais neve que sangue no coração

 Viciado em amor, sem dor, sou sim
 Pra amar a alma, a loucura feminina
 O mistério delas vicia, fascina
 Viciado, que remédio serve pra mim?

 Quem sabe mais doses fortes de amor






terça-feira, 8 de março de 2011

Minha Mente Pelo Universo

A vida é chuva. Digo: é como a chuva. Que nem aquela chuva carregada. É uma tempestade chuvosa. Ontem me deparei com uma das fortes e a encarei. E de peito aberto. Fui de encontro a ela e não me acovardei. Tanta gente que é gente como eu e, ao mesmo tempo, tão diferente do que sinto, saiu correndo por conta do banho vindo dos céus. Por quê? O cabelo tratado no salão de beleza vale mais que uma água rejuvenescedora, mulheres? As roupas de grife e os tênis de marca importam mais que um banho na alma, homens e mulheres? Não sei vocês, pessoas como eu, mas eu penso que não. Penso. E cada vez mais penso. Vou louco para dentro de mim. Vou encontrando cada vez mais o universo dentro de mim. O universo está em cada um, penso pelo menos. E penso na hipótese de ser louco também. Acho que não. Talvez sim. Mas quem disse que os loucos não são essenciais? Raul, Jonh, Science, Bob e tantos outros loucos trouxeram à tona suas loucuras. E que loucura. Loucuras das boas, claro! Confrontaram suas respectivas loucuras com o pensamento vigente até então. Disseminaram algo importante. Disseminaram amor artisticamente. Parece-me que não conseguiram extirpar a futilidade e a idiotice em geral que vivem em muitos seres ditos pensantes, inclusive em mim. Bem, eu tento diminuí-la a cada passo mental e físico da minha vida pelo menos. Não sou perfeito nem busco perfeição. Tento ser perfeito na imperfeição que está em mim. Linda imperfeição. Forte e importante imperfeição que impera em cada coração e mente humanos. Voltando aos loucos, sinto que deixaram uma semente. Uma sábia semente. Tão boa quanto aquela que eles usaram tanto, e que nós ainda usamos tanto. E usaremos tanto, fortemente, muito, demais, loucamente, perdidamente, "pra caralho!" enquanto existirmos. "Imagine" (Jonh Lennon) todos degustando-a, usando-a? Divaguei bastante e neste exato momento volto para a ideia da chuva. Minha hipótese sobre ela. Posso classificá-la como uma precisa metáfora da vida. Pode ser que tudo na vida seja passível de se encarar, concordam? Eu encarei a chuva que tanto apavorou ontem. Tomara que eu esteja encarando a vida da mesma forma. Sem tanto desespero, sem tanto medo de me molhar da sua água bela. Ah! a vida a cada instante molha você, pessoa do mundo. Queima você. Mata você. Alegra você. Entristece você. Enlouquece você. Eu, pelo menos, já estou louco dela. E quero mais. Enlouqueça-me mais, vida. É saudável vida a vida, mesmo eu não a levando de forma tão saudável - para alguns que pensam que não levo. Penso que aqueles que, enfim, deparam-se com a tempestade e a encaram, encaram melhor a vida. Não se deve ter, digo, o medo de se molhar da água da vida. Concordam comigo, pessoas ditas maduras, sensatas, coerentes, certas? Acho que não. Talvez sim. Sintam ela, pessoas, vivam a vida sem tanta fixação quando o assunto é perdê-la. Pense bem você, ser pensante do mundo. Aja bem, ser que se diz superior aos outros seres. Que haja amor em vocês todos que ainda não o tem em devida proporção. Minha mente está “Across The Universe”.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

José e João ao Som de 'The Long and Winding Road'

Por quê, amigo?
Quiçá agora nem mais
Por que te vais?
Cadê teu riso, teu abrigo?
Preciso do teu ombro

Há algo errado?
Burlei algum valor teu?
Vivemos agora distantes, penso
Feito a religião do ateu

És tão importante pessoa
Desejo contigo bem viver
Estás forte no meu peito
A falta de ti em mim destoa, rapaz

Quero sentir aquela paz
Quero te visitar, amigo
Dar-te aquele sincero abraço
Reatar nosso laço
Ficar na tua casa
Ouvir-te como sempre
Ter a velha amizade de aço

Quero rir contigo
Chorar de rir quero, compadre
Tragar ao teu lado aquela paz
E rir até morrer de rir
Quero porque vivo triste
Vivo me questionando sobre nós
Diz-me se de ídolo viraste algoz

O que será que te fiz?
Será que nem nada fiz?
Vem me alegrar com teu jeito
Parece que estamos por um triz
À beira do precipício do fim

Será que preferes assim?
Mudemos isso, compadre
Serei Paul e tu Jonh (Ou vice-versa)?
Suplico a ti uma franca conversa
Peço que volte com a felicidade
Estou perto em qualquer plano
Estou de coração aberto
Na mesma cidade

Vamos nos ver, amigo
Meu amor por ti sempre existiu
Ele está intacto, ele espera por ti
Cá, forte ele persiste
'The long and winding road' me deixa triste

Saiba que és pra mim irmão
Somos José e João

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Carne e Alma, Carnaval

Chegou ele! Chegou ele!
Chega belo, sempre louco
Animado que é
Divertido e divertidor
Vem de repente
Vai-se rápido também
Gostoso, fantástico
Fantasiado dele mesmo
Tem todas as fantasias
Carrega todas elas

Ai, quero brincar
Nele quero bem brincar
Vestir sua fantasia
Vou vestido de mim mesmo
Vestido de Pernambuco
Vou arrumar alguém legal
Estar com meus amigos
Ver a arte linda, inflamada
A arte na rua, de graça

Verei a boemia palpitando
Vou vê-la no melhor estado
Olinda, estarei suando
'Oh, linda!' gritarei
Brindarei em plena praça
Sentirei do amor a fumaça (gostosa fumaça)
Todo esse sentir de graça

Um arsenal de cultura
Um marco zero na minha vida
A vida bem vivida, sentida
Nesse antigo ritual
Nesse antigo recife, recife antigo
Que calor, que fogo, que paixão

Mais um Carnaval!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Viver Bem Nesse Mistério

"Sei nem o que escrever
 Sei bem o que sentir
 Esperançoso querer
 Improvável porvir
 Indecifrável vida
 Todos estamos de partida
 Não sabe-se o instante
 Excessão é o suicida

 Não sei o que é real
 Tanta coisa está posta
 Tanta coisa que não percebo
 Mas não sinto-me mal
 Quero querer viver
 Leve nessa caminhada
 Olhando o céu
 Vendo o mar, a lua
 Tudo é meu e de todos

 Desconheço o mundo
 E também conheço o mundo
 Interajo com ele
 Na sua rua sem fim
 Pois o mundo é rua
 Rua infinita linda
 Quero nele todos de bem
 Propagando paz crua

 Peço que venham comigo
 Propaguem o bem, amigos
 Peço que venham em paz
 Propaguemos a boa vida
 Junte-se a mim
 Tristeza nunca mais"

domingo, 20 de fevereiro de 2011

No meu, há todos os pais .

Inspira-me. Faz-me refletir. Põe-me para frente. Sempre me guiou. Meu maior camarada me tocou muito fortemente com suas palavras sábias hoje. Sábias e bastante serenas as palavras. O som delas soou feliz em meus ouvidos como quando escuto Beatles. Ele me alertou quase que poeticamente. Melhor: mais que poeticamente. Chorou ao dizê-las. "Quando agir, haja como se estivesse olhando no espelho. Além de ver você, veja o reflexo do seu pai nele, pois sempre vejo o do meu.", disse numa conversa franca em relação a não desapontar meu ascendente, que no caso é ele. Penso que o que foi dito por meu velho nada mais é senão uma linda metáfora e um sincero conselho. Não me preocupo com sua preocupação. Fico feliz. Ora, tenho alguém que me ama. Falo de amor sincero, que é aquele que não precisa receber nada para ser amor. Tantos pais abandonando os filhos e vice-versa. Tantas brigas pelas famílias desse mundo. Então, sinto-me realizado. Meu pai é meu amigo de fato. Atualmente, passamos a nos abraçar mais, a chorar mais juntos. Passei a contar minha vida, o que realemente acontece nela. Expus minhas angústias em relação a esse relacionamento tão importante e complicado: pais e filhos. Só queria dizer, simplificando - mas não perdendo o impacto - que eu amo demais meu reflexo. Amo demais meu artesão. Amo sim. Amo-te, meu grande amigo, companheiro, carrasco, boêmio, bonito, alegre, chato, sério, engraçado, louco, lúcido, batalhador pai.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Saboreamo-nos Nus

"Vi mel nos teus lindos olhos
 As pernas grossas e duras
 És loira linda louca
 E meu desejo só cresce
 A tara de te possuir perdura

 Fizemos à cama lindamente
 Gozei de amor demais
 A paixão inflamou meu corpo
 Enlouqueceu a minha mente
 Fomos só um na cama - cama de amor
 Um só ser que encheu-se de ardor

 Galega, teu sabor me arde
 Sabor tão forte como a cana
 Cana da qual sei que gostas
 Ah, Ana, cá por ti escrevo
 Fervendo, tarado, excitado, sacana

 Tu és Linda, dourada miragem
 Gemeste, gritaste meu nome
 Fiz em ti gostosa massagem
 Sei porque disseste, linda
 Na minha cama és bem-vinda
 Por ti pareci predador com fome"

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Samba de Todos os Dias

REFRÃO:

"Vai, vai rolar muito batuque
 Amigos fiéis ao samba
 Congregando vários ritmos
 Macumba de cantos, saravá
 Cada ser presente será bamba

 Homenagem a malandros, claro
 Haja vista tamanha importância
 O canto deles a princípio distante
 Nas nossas almas adentrando
 Reativar-se-ão nesse instante

 Momento oportuno à comunhão
 Numa roda concisa, haverá união
 Os compadres formando um cordão
 Não tem como falar em digressão
 Vamos, amigos, sentir paixão"


Diego/Neto

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Não quero apagão no Brasil e na mente!

 
"Tudo estava escuro lá no mundo
 No meu mundo, porém, clarão
 Pessoas agitadas, atordoadas
 Dentro de mim só tranquilidade
 Do lado de fora fez-se confusão

 A falta de energia foi um alerta
 Pra que levemos a vida esperta
 De forma livre, pra cima, certa
 Senão, virão outros apagões
 Façam amor nos seus corações
 Serão, amigos, tantas emoções

 É loucura de quem escreve
 Porém, caos em mim não existiu
 Digo-lhes: foi até mais que breve
 Já o mundo quase que se partiu

 Que mídia louca que enlouquece
 Como não noticiaram o motivo?
 Sua informação desaparece
 E a população fazendo prece
 Isso repudio e sereno fico vivo

 Aterrorizadas de notícias midiáticas
 As pessoas têm medo, são apáticas
 A TV controla, humanos não agem
 E a mentirosa sempre com simpatia
 No fundo quer seu lucro selvagem

 Precisa-se é apagar esse sistema
 Precisa-se apagar é a mídia megera
 Eles precisam de clarão pra noticiar
 Precisam de um bom novo esquema
 Precisamos, humanos, de nova era
 Propiciemos o amor, vamos nos amar,

 Sem apagão no mundo, na mente
 Sem violência, fome, roubo tente
 Sem apagão concreto e abstrato
 Sem medo, desconfiança faço um trato:

 Somos dessa porcaria um retrato"

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pomar

"Lá vem o dia
  'Here comes the sun'
  Preciso dormir
  Nessa manhã
  Pois dá preguiça
  A roda foi grande

REFRÃO:
 Que ritual, nada real
 Tudo virando desenho
 Que ritual, nada real
 Vendo um turbilhão de cores
 Que ritual, nada real
 Rememoro meus amores
 Que ritual, nada real
 Sinto o cheiro das flores

 Lá vem a noite
 Here comes the night
 Preciso acordar
 Parar pra pensar
 Pois dá coragem
 De na roda a mente rodar"


Diego/Neto

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Don

"É pra ti que escrevo, caro amigo
 Que é de longa data, especial
 Vives em mim, guardado no peito
 Sabes que no meu ombro tens abrigo
 Só reclamo da saudade, que faz mal

 Na tua casa feliz que é meu ninho
 Contigo canto, brinco, bebo
 Tocas violão como a língua o vinho
 O amor que sinto de tal lar recebo!

 É, meu parceiro, a vida vivamos
 Desse nosso jeito alegre louco
 Quero enlouquer nela maduro contigo
 Pois, senão, na tal não viajamos
 Gritemos o amor até brotar o rouco

 Dedilha pro escuro virar dia
 Toca o pinho tocando meu coração
 Toca lindo e alimenta minha poesia
 Dedilha emocionado pra virar canção"

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sou Pernambuco



"Vi maravilhado o lindo mar
 Num simples barco naveguei
 A brisa veio a mim bem sutil
 Um sol imenso de se invejar
 Com tal universo conversei

 No mangue depois estive
 Paisagem sempre imponente
 O carangueijo lá sobrevive
 Lembrei de Science - que mente!

 Tomei banho no grande rio
 A água doce entrou na alma
 De dentro só veio a calma
 Para longe, claro, foi-se o vazio

 Belo Pernambuco miscigenado
 Assim como o povo, a natureza
 Ainda há pela terra ser desapaixonado?
 Se sim, deve não ter certeza

 Mudo a opinião contrária
 Basta conhecer, pra cá vir
 No estado sei que há desigualdade
 Triste perceber, saber, sentir

 Em contrapartida, há o índio em nós
 No povo ferve hospitalidade
 Veio do negro nossa forte voz
 Que protesta contra a brutalidade

 Nação maracatu, frevo, manguebeat
 Esqueça o preconceito de fora
 Tal preocupação não tem mais hora
 É, pernambucano, não os imite

 Faço a todos um convite: sintam Pernambuco"

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Singela (Ou Gisela)

"Exótica garota branca
 Ao teu lado não preciso beber
 Vontade que dá é a de te ter
 Mas a vergonha impede a conversa franca

 Aqui à mesa nada mais importa
 Desejaria um dia te ver à porta
 Já que o que há em mim te comporta
 Começa, sim, crescer paixão que corta"

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ela

"Finalmente penso nela
 Estou com outras agora
 Só que ela em mim demora
 Não entendo e penso nela

 Garota linda, forte e singela
 Meu peito que é dela a congela
 Volta e meia deparo-me perdido
 Fujo, mas retorno ao seu abrigo

 Sufoquei-me na relação
 Faz-me medo meu louco coração
 Que a ama forte, intensamente
 Bate por ela, que está ausente
 
 Mas mais livre sou ultimamente
 Solto dela por sentir amor, fortemente
 Vivo feliz, porém penso sempre nela
 Na foto que me excita perdidamente

 Penso nesses dias de Janeiro
 Em compartilhar com ela um Lar
 Penso muito nela que me aMou
 Penso bastante aqui no Bar"

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Serei Eu Ateu ou Amante?

"A família é inerte
 Pelo menos a minha
 Vejo-me evoluindo
 Ela mesquinha
 Religião, hipocrisia, homofobia

 Tamanha ignorância
 Machuca a falta de alegria
 Pais e filhos brigando
 Não importa amor, mas liturgia

 Será que são todas mesquinhas
 Enquanto isso fico mudo
 Preconceitos enraizados
 Deus acima de tudo

 Melhor esquecer divindade
 Preocupar-se com o mundo
 Vem, pois, de nós a bondade
 Está no coração, lá no fundo

 Vamos à mudança, ao amor, à paz 
 Talvez precisem mais de nós
 Com o mundo, creio, não estamos a sós
 Tal Senhor, porém, sentido não faz"

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ideal Temporada Recifense

Incrível como um ambiente transforma a aura de uma pessoa. Vivi momentos marcantes na capital, durante nove dias. Filosofei, cantei, protestei, bebi, enlouqueci, amei, ri, chorei... enfim, vivi! Vivi intensamente. Cheguei perto da perfeição quando o assunto é a arte de saber viver. Soube - e através do pensamento de um caro amigo tive certeza - que as melhores coisas da vida vêm de graça. Não comprei abraços nem beijos. Não comprei o prazer de ter prazer. Portanto, o que compro é a briga com quem não tem tal consciência. Se fôssemos menos imediatistas, se não fôssemos gananciosos, loucos consumistas de nós e do mundo, tudo seria mais tranquilo. Tudo denotaria um pouco mais de paz. Creio nisso por perceber que meus dias de amor em Recife beiraram o ideal, que dizem ser impossível. Qual o problema em acreditar num mundo mais próspero, num mundo onde as pessoas tenham aprendido a viver melhor? Não sou o único sonhador, não sou o único ingênuo, se é que isso é ingenuidade. Sensibilidade, talvez, seja a melhor palavra. "Imagine" de John cairia bem a todos nós. Vivamos melhor!


sábado, 15 de janeiro de 2011

Expectativa

"Lá vem ela, de repente
 Por conseguinte entra em mim
 Através da retina vai à mente
 Ser perfeito para além de si
 Creio que fisica e espiritualmente


 Cachos belos louros reluzentes
 Menina-moça meiga, muito me interessas
 Ansioso espero que sejamos contentes
 Importando agora o que irá de mim a ti
 No encontro dos bons sentimentos presentes"

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A melhor opção de valoração

Cada vez mais que me afasto da realidade imposta, aproximo-me da real realidade. A realidade dos que pensam no bem comum, na igualdade material, no que é bom, no simples, na felicidade, na paz mundana e de espírito. Estou ficando melhor comigo mesmo por estar me distanciando da futilidade, da ostentação, do exagerado individualismo, que é egoísmo, do ódio, rancor. Salve o perdão, a sensibilidade, os amantes, os boêmios, os de bem com a vida, os que levam a vida como se vivessem sempre à brisa do mar. Viva a boa vida. Viva mais ainda os que a sabem levar!



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Um Belo Dia Em Que Traguei Natureza

"Loucamente vem a vontade de por no papel
 Opiniões várias sobre o que foi meu dia
 Versos ritmados, orquestrados, como um carrosel
 Tentando explicar a sensação de minh'alma que ria


 A chapação total via mental em mim se perfazia
 Boas coisas se formando, juntando-se ao léu
 Lembro dos dois Chicos, os Tons, Marleys alegrando o dia
 De mim havia tudo de bom contrário à tirania do quartel


 A fantasia e a esperança pondo o ódio como réu
 Só positivas vibrações vibrando contra a tirania
 Meu corpo pulsando amor, estava louco para fazer poesia


 Feliz, assim, encontrei-me numa leve nostalgia
 Pois realizei que quando criança eu sentia essa magia
 Enfim, por que não legalizar o que me faz sonhar com a humana harmonia?"